Panorama de mercado hortifruti em junho: desafios logísticos e tendências de consumo

Junho marca uma virada importante no calendário do setor de frutas, legumes e verduras (FLV). Com a chegada do inverno, mudam o perfil de consumo, o mix de produtos e as estratégias de distribuição. Essa transição exige atenção redobrada de toda a cadeia, que precisa lidar com desafios climáticos, sazonalidade, logística e comportamento do consumidor.

Neste artigo, reunimos dados das principais fontes do setor — CEAGESP, CEPEA, IBGE, Sebrae e NielsenIQ — para oferecer uma visão clara sobre o mercado de hortifruti em junho. Mais do que entender o cenário, o objetivo é apoiar decisões inteligentes e antecipar tendências.

Junho e a sazonalidade logística: entre o frescor e a previsibilidade

Com temperaturas mais baixas, o transporte de FLV ganha vantagens e desafios específicos. Por um lado, o frio ajuda a preservar frutas por mais tempo, reduzindo a taxa de perdas por deterioração. Por outro, há maior incidência de neblina, chuvas em certas regiões e estradas escorregadias, o que exige atenção redobrada no escoamento.

Além disso, o volume de frutas transportadas tende a diminuir. Segundo boletim da CEAGESP, o fluxo de entrada de frutas frescas no entreposto de São Paulo em junho costuma cair entre 8% e 12% em relação ao trimestre anterior — reflexo direto da sazonalidade da oferta e do consumo.

Tendências de consumo: o que o cliente busca no frio?

De acordo com a NielsenIQ, junho é marcado por um deslocamento de consumo do “fresco cru” para o “fresco preparado”. Em outras palavras, o consumidor tende a comprar menos frutas para lanche rápido e mais frutas para preparo de receitas, sobremesas e acompanhamentos de pratos quentes.

Frutas como maçã, pera, banana, morango e goiaba ganham destaque, tanto pelo sabor quanto pela versatilidade no inverno. Já frutas tropicais como melancia, manga e abacaxi têm queda significativa na procura.

📌 Dados do CEPEA indicam que a busca por frutas consideradas “funcionais” ou “confortáveis” (ricas em fibras e com sabor suave) cresce entre 15% e 22% no mês, especialmente entre consumidores da classe AB.

Oportunidades para o varejo e o food service

Mesmo com menor fluxo em gôndolas de FLV, junho não precisa ser sinônimo de retração. Pelo contrário: quem explora bem as datas sazonais (como o Dia dos Namorados e festas juninas) encontra oportunidades valiosas de gerar valor com frutas que carregam afeto, tradição e elegância.

Entre as ações recomendadas:

  • Criação de ilhas temáticas de inverno com frutas e acompanhamentos;
  • Promoções especiais de fondue ou kits de frutas para sobremesas quentes;
  • Cross-selling com chocolates, bebidas, especiarias e utensílios sazonais.

No food service, há espaço para inovação no cardápio com sobremesas de frutas assadas, compotas e drinques de inverno com frutas aromáticas.

O papel do distribuidor: logística como vantagem competitiva

Com menor volume circulando, manter o alto padrão de entrega se torna ainda mais relevante para fidelização de clientes. A qualidade das frutas, a padronização dos lotes, o controle de temperatura e a rastreabilidade são atributos que ganham protagonismo no inverno — e ajudam o varejista a manter a confiança do consumidor.

O Grupo NOTRIA atua com um modelo logístico preparado para atender o mercado mesmo em períodos de menor giro, garantindo:

  • Fornecimento contínuo e programado;
  • Frutas com rastreabilidade e seleção rigorosa;
  • Atendimento ágil a redes varejistas, hortifrutis e food services.

Junho é um mês de transição, mas também de decisão. Os dados mostram que o consumidor muda seu comportamento, mas continua aberto a experiências com frutas — desde que haja apelo emocional, conveniência e qualidade.

Para o setor hortifruti, é hora de ajustar as estratégias, reforçar o relacionamento B2B e transformar os desafios da estação em oportunidades de diferenciação. O Grupo NOTRIA está preparado para isso, oferecendo inteligência de abastecimento, frescor e consistência em todas as estações.

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